Nesta quinta-feira (04), o Vaticano instalou na fachada da Basílica de São Pedro, em Roma, a imagem de Carlo Acutis, jovem beato ítalo-britânico que será canonizado no próximo domingo (07), em cerimônia conduzida pelo papa Leão XIV. Ele se tornará o primeiro santo nascido no final do século XX, apelidado de “santo millennial”.
Carlo Acutis morreu aos 15 anos, vítima de leucemia, em 12 de outubro de 2006 — data em que os católicos celebram Nossa Senhora Aparecida. Conhecido como “padroeiro da internet”, dedicou sua vida curta, mas intensa, à fé e à evangelização no ambiente digital, utilizando seu talento em informática para divulgar os milagres eucarísticos.
A canonização será o primeiro grande ato solene do papa Leão XIV, eleito em maio após a morte de Francisco. A celebração, inicialmente prevista para abril, foi adiada em função da transição no comando da Igreja.
Quem foi Carlo Acutis
Nascido em Londres, em 1991, e criado em Milão, Carlo cultivava desde cedo profunda devoção mariana. Segundo sua mãe, Antonia Acutis, após a primeira comunhão passou a frequentar diariamente a missa, rezar o terço e praticar adoração eucarística.
Além da fé, o jovem se destacava pela habilidade precoce com computadores. Com apenas alguns anos de vida, já lia manuais avançados de ciência da computação e desenvolveu um site para catalogar milagres reconhecidos pela Igreja. Essa união entre espiritualidade e tecnologia marcou sua trajetória e inspirou muitos fiéis.
Beatificado em 2020, Acutis teve dois milagres reconhecidos pela Igreja. O primeiro ocorreu no Brasil, em Campo Grande (MS), em 2010, quando uma criança foi curada após tocar em uma relíquia do beato durante uma celebração. O segundo milagre foi confirmado em 2024, abrindo caminho para sua canonização.
O milagre brasileiro
No caso brasileiro, o padre Marcelo Tenório, da Paróquia São Sebastião, passou a celebrar anualmente a missa de Nossa Senhora Aparecida exibindo uma peça de roupa com sangue de Acutis. Em 2010, durante uma dessas celebrações, um menino enfermo tocou a relíquia e, segundo a família, ficou curado — fato reconhecido oficialmente pela Igreja.
