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No Dia Mundial da Epilepsia, aprenda como ajudar uma pessoa em crise convulsiva

Dia 26 de março é o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. A data foi criada para difundir conhecimento sobre a doença e, assim, diminuir o preconceito. Em vários países, vestir-se de roxo é uma forma de desmitificar a doença e, por isso, a data também é conhecida como purple day – dia roxo, em tradução livre.

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, gerada por uma atividade elétrica anormal das células cerebrais, que provoca crises epiléticas. Há várias causas para a doença, como forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas e de drogas. Muitas vezes a origem pode ter também relação com má formação congênita do cérebro.

As crises podem se manifestar de diferentes maneiras. As convulsivas são quando a pessoa contrai os músculos involuntariamente. Mas podem ocorrer ausências, quando a pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos ou quando a pessoa não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automáticos, como caminhar sem direção.

Confira algumas dicas de como ajudar uma pessoa em crise convulsiva:
– Mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
– Tente evitar que a pessoa caia bruscamente ao chão;
– Mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– Tente proteger a cabeça com algo macio;
– Nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
– Retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
– Afrouxe as roupas da pessoa em crise, se necessário;
– Se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– Não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões;
– Não dê tapas;
– Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
– Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
– Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
– Se a crise convulsiva durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica;
– Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.

Tratamento
O tratamento das epilepsias é feito com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Casos com crises frequentes e incontroláveis são candidatos a intervenção cirúrgica.

Rio Grande do Sul registra 50 novos casos de coronavírus e total chega a 162

A Secretaria de Estadual de Saúde atualizou os números da pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul. As últimas informações apontam que foram diagnosticados 50 novos casos até as 18h desta quarta-feira (25). Já são 38 municípios com registro da doença.

Os novos casos foram registrados em Porto Alegre (40), Torres (2), Anta Gorda (1), Caxias do Sul (1), Dom Pedrito (1), Gravataí (1), Pelotas (1), Rio Grande (1), Santana do Livramento (1) e Sapiranga (1).

No total, 162 pessoas testaram positivo para a covid-19. A primeira e única vítima fatal até o momento foi uma mulher, de 91 anos, que faleceu na terça, em Porto Alegre.

Entre todos os casos confirmados, 65 (40%) são do sexo feminino e 97 (60%) do sexo masculino. A faixa etária com maior número de casos é a dos 50 aos 69 anos, com 63 casos (39%).

Confira a lista de casos por cidade:
Alvorada -2
Anta Gorda – 2
Bagé – 7
Bento Gonçalves – 2
Campo Bom – 2
Canoas -6
Capão da Canoa – 2
Carlos Barbosa – 1
Caxias do Sul – 3
Cerro Grande do Sul – 1
Charqueadas – 1
Cruzeiro do Sul – 1
Dois Irmãos – 1
Dom Pedrito – 1
Eldorado do Sul – 1
Erechim – 3
Estância Velha -1
Estrela – 1
Farroupilha – 1
Garibaldi – 1
Gravataí – 1
Ivoti – 2
Lajeado -5
Osório – 1
Paraí – 1
Pelotas – 1
Porto Alegre – 87
Rio Grande – 2
Santa Maria – 2
Santana do Livramento – 4
Santiago – 1
Santo Antônio da Patrulha – 1
São Leopoldo – 1
Sapiranga – 2
Serafina Corrêa – 3
Taquara – 1
Torres – 6
Viamão – 1

Erechim altera Decreto e permite funcionamento de mais empresas da área de serviços

O prefeito de Erechim, Luiz Francisco Schmidt, altera Decreto e autoriza funcionamento de atividades profissionais.

DECRETA:

Art. 1.º Fica alterado o Inciso XXXV e incluso o Inciso XXXXIII ao Art. 4.º do Decreto n.º 4.904, de 20 de Março de 2020, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º Fica autorizada a abertura e funcionamento dos seguintes estabelecimentos, aqui considerados como serviços essenciais, conforme Decreto n.º 10.282, de 20 de Março de 2020, da Presidência da República e Decreto Estadual n.º 55.128, de 19 de março de 2020, e alterações posteriores:

………………………………………………………………………………………………

XXXV – Oficinas Mecânicas, borracharias e lavagens, bem como os serviços de manutenção, de reparos ou de consertos de veículos, de pneumáticos, de elevadores e de outros equipamentos essenciais ao transporte, à segurança e à saúde, à produção, à industrialização e ao transporte de alimentos e de produtos de higiene;

………………………………………………………………………………………………

XXXXIII – Escritórios de contabilidade e contadores autônomos, com revezamento do quadro funcional, no percentual de 30% (trinta por cento) dos funcionários, e com atendimento aos clientes preferencialmente por meio eletrônico ou telefônico, até a data de 04 de abril de 2020.” (NR)

Brasil tem 57 mortes e pelo menos 2.433 casos confirmados de coronavírus

O Ministério da Saúde confirmou, na tarde desta quarta-feira (25), 57 mortes e pelo menos 2.433 casos confirmados de coronavírus no Brasil até as 16h. O dado pode apresentar defasagem em relação aos levantamentos de prefeituras e Estados.

A pasta também confirmou que, pela primeira vez, aconteceram óbitos em decorrência da covid-19 fora do Sudeste. As mortes foram registradas Estados de Pernambuco, Amazonas e também no Rio Grande do Sul. A letalidade da doença é de 2,4%, segundo o ministério. A coletiva conta com a presença do ministro Luiz Henrique Mandetta.

— Com o inverno que aí vem, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina continuam nos preocupando. Quando chegarem os testes rápidos, o número de casos confirmados vai lá para cima, mas o número de óbitos será absoluto. Então, o percentual de letalidade deve diminuir — afirmou o ministro.

Na coletiva,o ministro da Saúde também confirmou que a cloroquina será utilizada de maneira experimental em pacientes com sintomas graves da doença, reforçando que a medida só ocorrerá com acompanhamento médico em ambiente controlado.

Uso de Cloroquina em pacientes
Pacientes da covid-19 internados e considerados graves começarão a ser tratados, em ambientes hospitalares com cloroquina. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Denizar Vianna, alertou para os perigos do uso dessa medicação sem acompanhamento médico. A medicação só pode ser adquirida nas farmácias com receita, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

— Não usem esse medicamento fora do ambiente hospitalar, porque isso não é seguro. Esse medicamento tem de ser feito em condições de segurança, com acompanhamento médico, porque durante o uso desse medicamento a gente pode ter algumas alterações no ritmo do coração e isso tem de acontecer dentro do ambiente hospitalar — explicou.

O ministro da Saúde lembrou que os estudos no entorno da eficiência dessa medicação, utilizada normalmente em casos de malária, no combate efetivo aos sintomas do coronavírus são escassos, mas destacou que essa opção será colocada na mão dos profissionais da saúde.

— O que o Ministério da Saúde está fazendo é deixar no arsenal. Deixar a mão do profissional médico assistente. Se ele entender que aquele paciente grave pode se beneficiar desse remédio, que nós vamos fazer é deixar esse remédio ao alcance dele.

EPI’s e equipamentos
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que, das 15 milhões de máscaras compradas pela pasta, até o momento, 30% já foram encaminhadas aos Estados. Gabbardo destacou que apenas os Estados das regiões Norte e Nordeste não receberam esse tipo de equipamento de proteção individual (EPI) em razão de voos cancelados ou lotados, forçando o transporte rodoviário.

— Em função desse atraso, enviamos uma segunda remessa que vai de avião e deve sair amanhã (quinta-feira) para as regiões Norte e Nordeste. Estamos solicitando apoio da Força Aérea Brasileira.

Gabbardo salientou que, a partir de agora, os Estados serão abastecidos semanalmente com remessas de máscaras.

Em relação aos respiradores, o secretário-executivo reforçou que diversas fábricas estão reforçando a produção para acelerar a distribuição dos equipamentos. Gabbardo estima que os primeiras ferramentas dessa fabricação excepcional deverão ser entregues em um mês. Respiradores comprados diretamente da China devem chegar antes, em no máximo 10 dias, projetou o secretário.

Fake news
Mandetta disse que não existe nenhum pedido de dinheiro ou doações em nome do Ministério da Saúde, solicitando que as pessoas não acreditem em notícias falsas nesse sentido e que usam a imagem ou o nome dele por dar tons de credibilidade.

“Posição do governo é o isolamento e o distanciamento social”, diz Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, enfatizou que a posição do governo para combater a pandemia da covid-19 “é uma só” e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas. Mais cedo, Bolsonaro afirmou que pediria ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia.

A recomendação defendida pelo presidente é que o distanciamento seja adotado apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças). Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que preside, Mourão declarou que o presidente pode não ter se expressado da melhor forma em pronunciamento na véspera, quando criticou o confinamento orientado por autoridades. “A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é o isolamento e o distanciamento social”, disse Mourão.

O vice ponderou que a orientação para isolamento está sendo discutida. “Ontem, o presidente buscou colocar e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor. Mas o que ele buscou colocar é a preocupação que todos nós temos é com a segunda onda”, afirmou o vice-presidente, explicando que a segunda onda são os impactos na economia. Mourão defendeu que a mudança do isolamento horizontal, envolvendo todas as pessoas, para o vertical, defendida por Bolsonaro, seja gradual após um período de 14 dias. É preciso liberar as pessoas das atividades essenciais para a “vida vegetativa” do País, declarou o vice.

Apesar das divergências entre Bolsonaro e o próprio Ministério da Saúde, Mourão enfatizou que o presidente da República está dentro da política traçada pelo governo e orientada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A preocupação de Bolsonaro, afirmou, é com o “verdadeiro desmantelamento da economia”.

Secretaria da Saúde do RS lança plataforma digital de solicitação de medicamentos

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul lançou, nesta quarta-feira (25), uma plataforma digital que permitirá que pacientes do Sistema Único da Saúde (SUS) façam a primeira solicitação de medicamentos sem a necessidade de se deslocar até alguma Farmácia de Medicamentos Especiais. Neste primeiro momento, serão contemplados 75 medicamentos e fórmulas nutricionais para usuários maiores de 18 anos, mas a previsão é de que, nas próximas etapas de implantação deste sistema, pacientes de todas as idades e dos outros medicamentos dispensados pelo Estado ou pelo Ministério da Saúde também possam utilizar o sistema digital para fazer o pedido.

Até hoje, as pessoas que recebiam uma receita médica de algum dos remédios disponibilizados pelo SUS precisavam ir até a Farmácia de Medicamentos Especiais mais próxima para cadastrar todos os documentos e exames. A partir desta plataforma, a pessoa poderá cadastrar os documentos no site. Depois de passar por uma perícia e o pedido ser aceito, as versões originais deverão ser entregues na Farmácia no momento da primeira retirada do medicamento.

Os 75 medicamentos que a partir de agora poderão ser solicitados via digital são para as doenças: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes tipo 1, colesterol alto, doença de parkinson, dor crônica, acne grave, síndrome de guillain-barré, incontinência urinária, dietas líquidas e suplementos alimentares, insulina detemir e insulina glardina. Isso irá reduzir a demanda de novos pedidos presencialmente em cerca de 35%, estima o coordenador estadual da Coordenação de Política da Assistência Farmacêutica da SES, Roberto Schneiders, “o que significa que serão 1800 pacientes diferentes por mês que não precisarão se deslocar de sua residência para pedir o medicamento nas Farmácias Especiais”, completa Roberto.

Nem todos medicamentos foram disponibilizados ainda para realização do pedido digital porque alguns deles requerem exames e perícia mais complexos. “Ainda estamos trabalhando em como vai funcionar. Também temos expectativa de que as reavaliações periódicas também possam ser realizadas digitalmente no futuro”, conclui o coordenador.

Acesse o link da solicitação digital de medicamentos aqui.

Profissionais de saúde de Canoas adaptam respiradores para atender mais pacientes

Três profissionais do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, adaptaram respiradores mecânicos para que os aparelhos atendam mais de um paciente por vez. O aumento da capacidade dos equipamentos tem como base um estudo feito pela Universidade de Michigan, em 2006, com foco na antecipação da necessidade de assistência médica a um grande número de vítimas após eventos como o 11 de setembro de 2001.

A metodologia discutida no estudo, que já circulava na comunidade médica local antes mesmo do coronavírus se tornar uma preocupação mundial, foi analisada pelo médico Emanuel Rath Bonazina e pelos fisioterapeutas Marcio Ramos Laguna e André Hoerbe Bacchin. A preocupação do trio cresceu especialmente a partir do momento em que a curva de crescimento de contaminação do Brasil ultrapassou a da Itália, epicentro da contaminação na Europa, e pelo rigoroso inverno gaúcho que está a caminho, quando quadros de problemas respiratórios aumentam significativamente.

— Começamos a discutir na sexta-feira da semana passada, e final de semana nos dividimos para estudar — explica Bonazina, que é chefe da Urgência e Emergência do Nossa Senhora das Graças.

Os profissionais utilizaram um respirador que convencionalmente atenderia um único paciente e duplicaram seus conectores. A adaptação é feita na disposição das mangueiras — que, no respirador, tem o mesmo papel da traqueia do paciente. Transformada em um Y, uma mangueira é duplicada nas pontas e faz inspiração pelos dois pacientes em um ponta e expiração para os dois pacientes em outra. Este sistema permite adaptar até quatro pacientes em um aparelho, em caso de necessidade extrema.

— Com duas conexões, é possível obter um padrão respiratório bom, mantendo uma troca gasosa relativamente adequada, perto do ideal para o ser humano — diz Bonazina.

Para que a performance da adaptação seja ainda mais efetiva, é importante que os pacientes que dividirem o mesmo aparelho tenham dinâmica respiratória e porte físico semelhante: peso e altura.

— Se eu colocar dois pacientes no mesmo respirador com níveis de respiração distintos, terei que optar por manter o paciente que está com respiração mais leve. Pois se eu colocá-lo junto com um paciente mais grave, posso agravar o outro, pois vou gerar mais esforço para ele. Terei de igualar os dois.

Bonazina reforça que esta é uma técnica de uso temporário, disponível para o momento em que não houver mais respiradores disponíveis:

— Isso foi algo desenvolvido para situações de guerra. Com o avanço do coronavírus dessa forma e o risco de começar a faltar equipamentos, voltou à tona a discussão desse recurso. Se chegarmos ao extremo aqui, teremos como atender — garante Bonazina.

Nos casos mais graves de infecções por covid-19, não é possível utilizar ventilação de forma manual, porque isso liberaria aerossóis que contaminariam equipes médicas e os ambientes hospitalares. Seria como se o paciente estivesse espirrando ou tossindo, sem qualquer proteção. Por isso, os aparelhos de ventilação são imprescindíveis nas evoluções mais severas da doença.

— Estes aparelhos têm um sistema fechado, tanto de inspiração quanto de expiração. A pessoa fica entubada — explica.

A divisão de um aparelho para quatro pessoas será utilizada apenas um cenário em que o hospital receber, ao mesmo tempo, diversos pacientes com risco de vida. O médico afirma que é “tecnicamente possível, mas não é o recomendado”.

— Se tivermos só 10 respiradores e recebermos entre 30 e 35 pacientes graves, teremos que optar por esta respiração parcial para que se mantenha-os vivos e respirando. Esperamos que não seja necessário.

O Hospital Nossa Senhora das Graças possui 16 respiradores e é a instituição de retaguarda no atendimento a pacientes com coronavírus em Canoas. A referência para a doença na cidade é o Hospital Universitário da Ulbra. Até o final da manhã desta terça-feira (24), o Nossa Senhora das Graças não tinha nenhum paciente com covid-19 internado na UTI.

Presidente da Associação Beneficente São Miguel, entidade responsável pela gestão do Nossa Senhora das Graças, Rafael França, afirma que já começaram as obras de construção de um hospital de campanha no estacionamento da instituição: serão dez leitos de internação e dois semi-intensivos.

O avanço da doença tem gerado um clima de colaboração entre os médicos, garante Bonazina:

— Estamos com um plano de chamar os colegas que não têm tanto traquejo com pacientes mais graves para que eles comecem a trabalhar com pacientes que têm de ser entubados, por exemplo. Eles estão sendo convidados para atuarem na sala vermelha para que possam ser capacitados. A grande maioria de nós vai se contaminar uma hora ou outra e terá que se afastar. Nosso grande medo é que o pessoal se afaste todo ao mesmo tempo, por isso a necessidade de treinamento de todos.

Passo Fundo: HSVP possui quatro pacientes em estado grave com suspeita de coronavírus

Desde a primeira confirmação de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul, o município de Passo Fundo adotou uma série de medidas com o objetivo de enfrentar a contaminação na cidade. Até o momento, o município não registra nenhum caso confirmado de Covid-19. Porém, casos suspeitos estão sendo analisados.

Participando da programação da Rádio Uirapuru, a infectologista e vice-diretora médica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Cristine Pilati Castro, disse que, atualmente, o HSVP possui cinco pacientes com suspeita de coronavírus, sendo que quatro deles estão em estado grave. Ela explicou que uma análise ainda está sendo aguardada para atestar, ou não, a confirmação da doença nos pacientes.

Segundo a vice-diretora, eles encontram-se internados na área de isolamento preparada para receber casos suspeitos de coronavírus. Caso os resultados atestem para positivo, a Vigilância Epidemiológica Municipal será comunicada. A doutora avaliou que este resultado sairá em breve.

De acordo com Cristine Pilati Castro, as medidas extramente rigorosas e de coragem que foram adotadas em Passo Fundo são motivos para que nenhum caso tenha sido registrado oficialmente até o momento. Ela alertou que, mesmo assim, casos deverão ser registrados, mas o objetivo dessas ações é retardar a contaminação para não sobrecarregar os hospitais.

Espanha supera o número de mortes da China por causa do coronavírus

A Espanha superou o número de mortes registradas na China em decorrência do novo coronavírus, segundo dados fornecidos nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. O país registou 3.434 mortes desde o início do surto, sendo que 738 delas aconteceram nas últimas 24 horas.

O número total de casos registrados subiu 20% nesta terça-feira em relação ao dia anterior, atingindo 39.673 infectados, segundo o último balanço do Ministério da Saúde.

A expectativa é a de que a extensão do estado de emergência acordado pelo governo seja ratificada nesta quarta no Congresso espanhol.

Depois de uma semana e meia de confinamento quase total para os espanhóis, que deve prosseguir até 11 de abril, o governo advertiu que esta semana seria “difícil”, mas que acredita que o país está próximo de atingir o pico de contágios.

Curados

Apesar de registrar o maior número de mortes em um dia no país desde o início do surto, o Ministério da Saúde também anunciou um aumento expressivo no número de pacientes curados, que saltou de quase 3.800 a 5.367.

Mais da metade das mortes (53%) se concentra na região de Madri, a mais afetada pela epidemia, tanto em óbitos como em casos diagnosticados. A área da capital registrou 290 mortes nas últimas 24 horas.

Diante da saturação dos sistema de saúde e funerário, as autoridades regionais instalaram um hospital de campanha em um centro de convenções que poderá receber até 5.500 leitos e prepararam uma pista de gelo para funcionar como necrotério.

Veja repercussão do pronunciamento de Bolsonaro sobre o coronavírus em que ele contrariou especialistas e pediu fim do ‘confinamento em massa’

Políticos e autoridades reagiram ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus na noite desta terça-feira (24). O presidente pediu a “volta à normalidade”, o fim do “confinamento em massa” e disse que os meios de comunicação espalharam “pavor”.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na qual classificou a fala de Bolsonaro como “grave” e disse que o país precisa de uma “liderança séria”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento “foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública”.

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado
“Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Reafirmamos e insistimos: não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos. É momento de união, de serenidade e equilíbrio, de ouvir os técnicos e profissionais da área para que sejam adotadas as precauções e cautelas necessárias para o controle da situação, antes que seja tarde demais. A Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade. O Congresso continuará atuante e atento para colaborar no que for necessário para a superação desta crise.”

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
“Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública. Cabe aos brasileiros seguir as normas determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco. O Congresso está atento e votará medidas importantes para conter a pandemia e ajudar os empresários e trabalhadores. Precisamos de paz para vencer este desafio.”

Felipe Santa Cruz, presidente da OAB
“Entre a ignorância e a ciência, não hesite. Não quebre a quarentena por conta deste que será reconhecido como um dos pronunciamentos políticos mais desonestos da história.”

Gilmar Mendes, ministro do STF
“A pandemia da Covid-19 exige solidariedade e co-responsabilidade. A experiência internacional e as orientações da OMS na luta contra o vírus devem ser rigorosamente seguidas por nós. As agruras da crise, por mais árduas que sejam, não sustentam o luxo da insensatez. #FiqueEmCasa”

Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro
“Na manifestação em cadeia de rádio e TV, o presidente da República contraria as determinações da Organização Mundial de Saúde. Nós continuaremos firmes, seguindo as orientações médicas e preservando vidas. Eu peço a vocês: por favor, fique em casa.”

Helder Barbalho (MDB), governador do Pará
“Em relação ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, eu respeito a opinião de todos, mas não me furto a reafirmar nossa linha de ação. Nós buscamos, desde o início, as orientações dos técnicos, dos médicos, das autoridades e também dos países que já passaram pelo pior da crise. O caminho que o Governo do Pará buscou foi o do bom senso, o do equilíbrio.”

Alexandre Frota (PSDB-SP), deputado federal
“Nosso pedido de impeachment está nas mãos do @RodrigoMaia . Feito por grandes advogados . Rodrigo espero que Leia com atenção.”

Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal
“Em relação ao pronunciamento do PR sobre o CORONAVÍRUS concluo: @jairbolsonaro foi IRRESPONSÁVEL, INCONSEQUENTE E INSENSÍVEL! O Brasil precisa de um LÍDER com sanidade mental. Todas as chances que o PR teve de acertar ele mesmo jogou fora. ERRA E SE ORGULHA DO ERRO ESTÚPIDO.”

Janaina Paschoal (PSL-SP), deputada estadual
“Os brasileiros deveriam anotar os nomes dos empresários, dos apresentadores de TV e dos políticos que, em meio a contaminações, mortes, velórios sem abraços, cremações isoladas… tiveram a ousadia de dizer que estão acima dos demais… que não são passíveis de contaminação… Eles acreditam que seus cargos, seus dinheiros, sua fama fazem deles intocáveis. Anotemos os nomes deles… eles não são Deus! Abomináveis todos! Nojo é o que eu sinto olhando para a cara de cada um deles!”

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), senador
“A fala do presidente não esclarece. Ao contrário, gera dúvida sobre o comportamento a ser seguido pela população, cuja boa parte é formada não por atletas, mas por idosos, diabéticos, hipertensos, estressados e deprimidos. O governo precisa ter unidade no discurso, seja qual for.”

Kim Kataguiri (DEM-SP), deputado federal
“URGENTE: pronunciamento de Bolsonaro IRRESPONSÁVEL E OPORTUNISTA.”

José Serra (PSDB), ex-ministro da Saúde
“O pronunciamento do presidente foi na contramão do mundo e da realidade apresentada pelo seu @minsaude: já são mais de 2.200 casos confirmados de coronavírus no Brasil e 46 mortes, sendo 40 no estado de São Paulo. Estamos em meio a uma pandemia que não deve ser minimizada. É preciso reconhecer que a economia não vai se recuperar de forma imediata e que é preciso fortalecer o SUS, mediante a operacionalização de um fundo que disponha dos recursos e da agilidade necessários ao combate às consequências do #coronavírus.”

José Ricardo Roriz, vice-presidente da Fiesp
“O Ministério da Saúde tem feito um excelente trabalho de como lidar com essa crise, seguindo o exemplo do mundo inteiro. Não há dúvidas de quem está com a razão.”

Leila do Vôlei (PSB-DF), senadora
“O lamentável discurso do presidente da República vai na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde, de líderes mundiais, especialistas e até do Ministério da Saúde, que tem feito um bom trabalho. Minimizar a pandemia a uma gripezinha é ignorar o cenário mundial e desprezar a dor das famílias que perderam entes queridos. É preciso união e sobriedade das lideranças para vencer esta crise. O papel de um líder é orientar e não gerar dúvidas. A incerteza coloca a vida dos brasileiros em risco.”

Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo
“Pronunciamento do Pres.Jair Bolsonaro foi desconectado das orientações dos cientistas, da realidade do mundo e das ações do Ministério da saúde. Confunde a sociedade, atrapalha o trabalho nos Estados e Municípios, menospreza os efeitos da Pandemia. Mostra que estamos sem direção.”

Wellington Dias (PT), governador do Piauí
“É difícil não se manifestar frente ao discurso do Presidente da República, que vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Nós vamos seguir o que a ciência nos comprova. O Piauí mantém todas as suas medidas de prevenção à Covid-19”.

Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte
“Para muito além de quaisquer divergências políticas, o que se trata aqui é de proteger a saúde da população. Faço coro às palavras dos Secretários de Saúde do Nordeste. Não há neste momento tão delicado o desejo nenhum de politizar a discussão, mas o pronunciamento de hoje do Presidente é um equívoco! O pronunciamento dele vai na contramão de todas as medidas defendidas pelos Estados e municípios em sintonia com o Ministério da Saúde e pela própria sociedade!”

Antonio Anastasia (PSD-MG), senador
“Consideramos grave a posição externada pelo Presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão de ações adotadas em outros Países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).”

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente
“Eu não ia voltar ao tema, mas o presidente repetiu opiniões desastradas sobre a pandemia. O momento é grave, não cabe politizar, mas opor-se aos infectologistas passa dos limites. Se não calar estará preparando o fim. E é melhor o dele que de todo o povo. Melhor é que se emende e cale.”

João Amoêdo, ex-presidente do Partido Novo
“O pronunciamento do presidente é inaceitável. Temos um quadro muito grave e incerto pela frente. Ele deveria vir a publico amanhã, apresentar um plano, mostrar a gravidade da situação, demostrar equilíbrio e bom senso. Ou renunciar ao cargo.”

Enio Verri (PT-PR), deputado federal
“Bolsonaro é um irresponsável. O discurso que fez hoje à noite e é extremamente grave, pois contraria cientistas de todo o mundo e até as orientações dadas pelo Ministério da Saúde. Ao defender a flexibilização do confinamento social, expõe ao risco de morte milhares de brasileiros, inclusive nossas crianças. Não está a altura do cargo que ocupa.”

Eduardo Braga (MDB-AM), senador
“Assino embaixo da manifestação do presidente do Senado, Sen. @davialcolumbre em respeito às declarações do PR Jair Bolsonaro. Parabenizo pela firmeza é necessária serenidade, é disto que o 🇧🇷 precisa.”

Humberto Costa (PT-PE), senador
“Bolsonaro chamou o #Covid19 de ‘gripezinha, resfriadozinho, histeria’, num gesto de desrespeito às vítimas fatais, suas famílias e todo o país. Atacou a imprensa uma vez mais. Em vez de tentar se restaurar no cargo de presidente, usou sua fala para ridicularizar o grave momento.”

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador
“IRRESPONSÁVEL! Enquanto todos os chefes de Estado DO MUNDO se pronunciam de forma LÚCIDA, Bolsonaro entrega nosso povo ao caos! Vai p/ rede nacional questionar o isolamento social e volta a chamar de ‘gripezinha’ um vírus que tem matado milhares de pessoas! O @jairbolsonaro tem que perguntar p/ as 46 famílias, que até o dia de hoje já perderam seus entes queridos em decorrência do coronavírus, se elas acham que o Coronavírus é uma ‘gripezinha’. Irresponsável!”

Alessandro Molon (PSB-RJ), deputado federal
“Quando a população esperava um plano de ação robusto, Bolsonaro mostrou que se desconectou de vez da realidade. Em pronunciamento que atingiu o ápice da irresponsabilidade, negou a gravidade do novo coronavírus, insistiu que se trata de uma ‘gripezinha’ e convocou as pessoas a voltarem às ruas. Segue na contramão de líderes mundiais que prezam pela sua população. É um crime contra a vida do povo brasileiro.”

Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão
“Pronunciamento de hoje mostra que há poucas esperanças de que Bolsonaro possa exercer com responsabilidade e eficiência a Presidência da República. Os danos são imprevisíveis e gravíssimos.”

José Guimarães (PT-CE), deputado federal
“Bolsonaro coloca a população brasileira em risco! Em pronunciamento, desdenha do avanço da Covid-19, ataca a imprensa e debocha da ciência. Empatia zero com as mortes causadas pela pandemia e completa falta de noção da grave situação que estamos vivendo. #BolsonaroGenocida. Discurso do Bolsonaro é um show de ignorância. Muito fácil e cômodo para ele minimizar a pandemia do coronavírus, se ele ficar doente terá um quarto de hospital, vários respiradores disponíveis e muitos profissionais. Infelizmente essa pode não ser a mesma realidade da população. Só um irresponsável fala isso. Enquanto o mundo e as autoridades sanitárias reconhece a gravidade da crises, Bolsonaro continua falando em gripezinha. O povo tá perdendo a paciência, #ForaBolsomaro @PTnaCamara @opovoonline @minorianacamara.”

Rogério Carvalho (PT-SE), senador
“Em mais um pronunciamento irresponsável, Bolsonaro volta negar a gravidade da Pandemia do #coronavírus. Nega a ciência, nega recomendações da OMS. GRAVÍSSIMA fala que deixa uma Nação em ALERTA!”

Fernanda Melchionna (PSOL-RS), deputada federal
“Gente @jairbolsonaro é surreal.Critica quem fez isolamento social e diz que é para manter a normalidade quando é urgente fazer a suspensão de atividades com garantias de direitos. Está na contramão da história.O problema é as vidas que estão cada vez mais em risco. #ForaBolsonaro. Temos um lunático governando o país. Só se preocupa com a “saúde” dos mercados. O pronunciamento dele é a negação da ciência, da experiência em países e da necessidade história de proteger nosso povo. A cada irresponsabilidade dele mais vidas perderemos #ImpeachmentDeBolsonaro. ‘O vírus chegou!’ Mas oq é isso? Pronunciamento de Bolsonaro é desrespeitoso e tenta convencer o povo de que a situação não é grave, tratando o coronavírus como uma ‘gripezinha’. É um desserviço a todos que estão lutando para salvar vidas que estão em risco! #ImpeachmentJá.

Com todo o respeito que tenho aos cavalos, Bolsonaro relinchando na televisão foi uma das mais trágicos pronunciamentos de presidentes. Esse pronunciamento tem que ser o último. #ImpeachmentDeBolsonaro. Gente esse pronunciamento de Bolsonaro tem que ser o último. Nós ajude na luta pela impedimento desse criminoso.”

Weverton (PDT-MA), senador
“O pronunciamento do presidente Bolsonaro vai na contramão da estratégia de combate ao coronavírus em todo o mundo. Irresponsável e inaceitável que ele insista em colocar vidas em risco, em nome dos resultado econômicos. Ainda bem que o STF devolveu autonomia aos governadores.”

Marcelo Freixo (PSOL-RJ), deputado federal
“Vimos em rede nacional um presidente desqualificado mentir, debochar e provocar um país que, apesar dele, luta bravamente e se une para enfrentar umas das maiores crises da história. A resposta dos brasileiros foi dada.”

Paulo Pimenta (PT-RS), deputado federal
“Pronunciamento em rede nacional comprova que os suíços estavam certos: Bolsonaro é o idiota mais perigoso do mundo!”

Jean Paul Prates (PT-RN), senador
“Ao invés de unir os brasileiros, o presidente da República, mais uma vez, volta a criticar a mídia, menospreza a pandemia e provoca o caos no país. É UM TOTAL DESGOVERNO! #coronavirus #pronunciamento.”

Eliziane Gama (Cidadania-MA), senadora
“A cada dia vemos que o presidente se supera. A Índia e o resto do mundo decretando quarentena e aqui a ordem do presidente é a aglomeração. Definidamente sem palavras pra definir tamanha irresponsabilidade.”

Flávio Bolsonaro (sem partido), senador
“@jairbolsonaro fala a verdade ao povo brasileiro: proteger os mais vulneráveis (idosos e com doenças pre-existentes) e retomar a normalidade no país! Outros líderes mundiais já esboçam iniciar o mesmo movimento. Com coragem, Presidente @jairbolsonaro faz pronunciamento para que onda do coronavírus seja menos mortal que a onda da recessão, logo a seguir.”

Eduardo Bolsonaro (sem partido), deputado federal
“Líderes mundiais se preparam para o fim do confinamento. Resguardar os grupos de riscos e permitir que a epidemia tenha sua natural curva de declínio – igual foi com o H1N1, que é mais letal do que o coronavírus – sem que com isso a recessão destrua todos os países.”

Vitor Hugo (PSL-GO), deputado federal
“Excelente pronunciamento do nosso Pres @jairbolsonaro ! A sua visão de estadista e a sua coragem em ir na contramão da histeria coletiva, construída sem critérios racionais, vão salvar as vidas de milhões de brasileiros. SALVAR VIDAS e PROTEGER EMPREGOS! Bandeira do Brasil#VamosVencerJuntos”

Marcelo Ramos (PL-AM), deputado federal
“Quando mais precisamos de um líder que una o país, mais ouvimos um presidente que luta contra inimigos imaginários. O povo preocupado em salvar as pessoas e o presidente preocupado em acirrar disputas políticas.

Além disso, é angustiante o presidente contraditando o ministro Mandetta o que confunde a população num momento que precisamos de segurança.”

Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), deputado federal
“Ao chamar a doença de uma gripezinha e dizer que está havendo uma histeria promovida pela imprensa, o chefe de Executivo ignora e desrespeita todas as vítimas e seus familiares. No Brasil, foram mais de 40 mortos pela doença. A Pandemia é encarada seriamente por chefes de estado do mundo inteiro. Devemos nesse instante seguir com as orientações das autoridades estatuais e municipais que, acertadamente, propuseram restrições nas cidades e estados que administram. Terra arrasada, senhor presidente, seria mandar o povo brasileiro para as ruas num momento crítico.”

Reinaldo Azambuja (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul
“O país precisa de bom senso, serenidade e equilibro nesta hora extrema, difícil! Precisamos salvar vidas, combatendo a pandemia e também o caos econômico e social, representado pela possibilidade de desemprego agudo, agravamento da fome entre os mais vulneráveis e o desabastecimento da população! Ninguém está imune! Para superar essa tragédia, todos temos que ser parte da solução. A hora exige alta responsabilidade, dos governos, das empresas , dos cidadãos.”

Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas
“A minha posição é muito clara. Não vamos voltar atrás de nenhuma decisão que foi tomada pelo Governo do Estado do Amazonas. Até porque elas foram tomadas de maneira responsável e seguindo o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde do Governo Federal. Eu fui eleito para proteger e defender o povo do Estado do Amazonas e é assim que eu vou continuar agindo”.

João Azevêdo (Cidadania), governador da Paraíba
“Um desserviço, a destruição de tudo que está duramente sendo construído para proteger a população. Em resumo, um absurdo.” Ele ainda afirmou em uma rede social que todas as medidas que foram tomadas para evitar o contágio do coronavírus seguem implantadas.

Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco
“Enquanto líderes de vários países tomam medidas necessárias para conter o avanço no novo Coronavírus, aqui no Brasil, em pronunciamento veiculado em Rede Nacional, o presidente Jair Bolsonaro vai contramão do que defendem autoridades sanitárias e o próprio Ministério da Saúde. Discurso que, lamentavelmente, comprova que o Brasil está sem comando num dos momentos mais desafiadores da história. O sacrifício é imenso, mas todo esforço tem o único objetivo de salvar vidas. Por isso, em PE, as medidas estão mantidas. É tempo de serenidade, união e trabalho.”

Gladson Cameli (PP), governador do Acre
“O objetivo principal nesse momento é preservar vidas dos cidadãos acreanos, sejam eles estudantes, aposentados, empresários, assalariados ou em condições de vulnerabilidade. Estão mantidas todas as medidas necessárias adotadas pelo governo estadual no sentido de resguardar o isolamento social e visando promover a quebra da linha de contágio. Lamento que neste momento, onde devemos destinar toda energia e foco em combater o Coronavírus, se procure politizar as opiniões e ações dos agentes públicos.”

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul
“É urgente encontrar alternativa ao confinamento. Mas não se faz isso com ataques à ciência e cautela médica mundialmente estabelecidas. Não deixamos de olhar economia/empregos. Mas não assistiremos inertes a uma doença se alastrar. Protege-se: 1) a vida; 2) os empregos. Nesta ordem.”

PSDB
“Entre o discurso do presidente @jairbolsonaro e do Ministro @lhmandetta, fiquemos com o do Médico. Protejam-se… do vírus.”

Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
“Na noite desta terça-feira, o País assistiu, estarrecido, a um pronunciamento em que o presidente Jair Bolsonaro minimiza os riscos da pandemia do Covid-19 e vai na contramão de todas as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde, tanto do Brasil, como do mundo. Tenta, também, responsabilizar a imprensa pela justificada apreensão que toma conta de todos.

Num momento em que milhares de vidas são ceifadas em outros países e que o coronavírus chega a nosso país de forma ameaçadora, fazendo as suas primeiras vítimas fatais, Bolsonaro refere-se à pandemia como uma “gripezinha” ou um “resfriadinho” e, ainda mais grave, recomenda que as medidas preventivas não sejam adotadas pelos brasileiros. Dessa forma, contribui para que o país não se prepare para enfrentar a grave situação que estamos vivendo.

Decididamente, num momento em que se exige serenidade e liderança firme e responsável, com seu comportamento irresponsável e criminoso o presidente mostra não estar à altura do importante cargo que ocupa.”

Carta dos secretários de Saúde do Nordeste
“Assistimos estarrecidos ao pronunciamento em cadeia nacional do Presidente Jair Bolsonaro, onde desfaz todo o esforço e nega todas as recomendações para combate à pandemia do coronavírus.

Não é nosso desejo politizar esse problema. Já temos dificuldades demais pra enfrentar. Não podemos cometer esse erro. Vamos continuar fazendo nosso trabalho. Não nos parece que a posição exposta pelo Presidente seja a do Ministério da Saúde, que tem se conduzido tecnicamente.

Percebemos, com espanto, os graves desencontros entre o pronunciamento do Presidente e as diretrizes cotidianas do Ministério da Saúde. Esta fala atrapalha não só o ministro, mas todos nós!

Sabemos que iremos enfrentar uma grave recessão econômica, mas o que nos cabe lidar diretamente é a grave crise sanitária.

Vamos seguir tocando nossas vidas com decisões baseadas em evidências científicas, seguindo exemplos bem sucedidos ao redor do mundo.

A grande maioria dos países do mundo, ocidentais e orientais, já firmaram seu curso no combate ao vírus e é este curso que o Nordeste Brasileiro seguirá.

Que Deus abençoe cada um de nós que pouco temos dormido. Que Deus nos abençoe!”

Sociedade Brasileira de Infectologia
Neste difícil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, trouxe-nos preocupação o pronunciamento oficial do Presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doença infecciosa como “um resfriadinho”.

Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. É também temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil.

O Brasil está numa curva crescente de casos, com transmissão comunitária do vírus e o número de infectados está dobrando a cada três dias.

Concordamos com o Presidente quando elogia o trabalho do Ministro da Saúde, Dr. Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe, cujas ações têm sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil já enfrentou em sua história recente. Desde o início da epidemia, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão trabalhando em conjunto com várias sociedades médicas científicas, em especial com a Sociedade Brasileira de Infectologia, com várias reuniões presenciais, teleconferências e trocas de informações quase que diariamente.

Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária. Essa medida deve ser associada ao isolamento respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização frequente das mãos por toda a população. As medidas de maior ou menor restrição social vão depender da evolução da epidemia no Brasil e, nas próximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regiões que apresentem fases distantes da sua disseminação.

Quando a COVID-19 chega à fase de franca disseminação comunitária, a maior restrição social, com fechamento do comércio e da indústria não essencial, além de não permitir aglomerações humanas, se impõe. Por isso, ela está sendo tomada em países europeus desenvolvidos e nos Estados Unidos da América.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e todos os demais profissionais de saúde estão trabalhando arduamente nos hospitais e unidades de saúde em todo o país. A epidemia é dinâmica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua disseminação. “Ficar em casa” é a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas.

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